sábado, 24 de outubro de 2009
Lago
Se pudesse escolher ficaria ali, naquele trapiche, olhando as estrelas, até perder a hora. Até que o sol nascesse e a expulsasse daquela cama improvisada a céu aberto. Ficaria ali até que a fome se impusesse. Até que alguém lhe chamasse. Até que o telefone tocasse. Se pudesse escolher ficaria ali, naquele trapiche, ouvindo o barulho da água batendo. Até que uma conversa qualquer lhe trouxesse de volta ao mundo, que uma lancha de um magnata lhe roubasse a concentração, que um vaga-lume lhe lembrasse que a vida não parou. Se pudesse escolher ficaria ali, naquele trapiche, olhando as estrelas. E só.
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